"Revolução da Liberdade" - Capítulo 14 (PENÚLTIMO CAPÍTULO)


24 DE ABRIL DE 1974 Cena 1: Quinta de António/Exterior Milhares de trabalhadores estão no exterior da quinta junto de António, Amélia, Luísa, Pedro e Clara! ANTÓNIO: Eu chamei vocês todos porque chegou a nossa hora meus senhores! ERNESTO: Quer dizer que vamos fazer justiça hoje? LUÍSA: Sim! Desta vez vamos pôr fim à ditadura! DANIEL: Mas precisamos de um bom plano! CLARA: Por isso mesmo que chamamos todos vocês! AMÉLIA: Vamos distribuir os locais que vão atacar para cada um! PAULO: Se nós falharmos pelo menos morremos tentando! ANTÔNIO: Nós não vamos falhar! LUÍSA: Há 16 anos, Humberto Delgado tentou fazer o impossível! CLARA: Mas agora o governo está nas mãos de Marcelo! Ele é um elo mais fraco! AMÉLIA: Podemos contar com a vossa ajuda? TRABALHADORES: SIM! ANTÓNIO: Muito bem! Vamos começar a planear! Cena 2: Governo/Interior BRANCA: Estás à espera do quê? Mata-o! MARCELO: Tu estás louca? BRANCA: Tu não imaginas há quanto tempo esperei por esse momento! MARCELO: E não podes esperar mais um pouco? BRANCA: Não! Não consigo! Se não matas ele, eu própria faço! MARCELO: Não é preciso! Eu faço isso! Marcelo dá um tiro no abdômen de Branca e mata a vilã! MARCELO: Coitada! Tão nova mas tão irritante! MARTIM: Você é completamente louco! MARCELO: Shiu! Ninguém te perguntou nada! Cena 3: Quartel da Pontinha/Interior Um grupo de militares comandados por Otelo Saraiva de Carvalho instala secretamente o posto de comando do movimento golpista no quartel da Pontinha em Lisboa. OTELO: Tudo a postos? SOLDADOS: Sim! Cena 4: Às 22H55m/Lisboa João Paulo Diniz começa a emitir a canção E Depois do Adeus de Paulo Carvalho! E Depois do Adeus Quis saber quem sou O que faço aqui Quem me abandonou De quem me esqueci Perguntei por mim Quis saber de nós Mas o mar Não me traz Tua voz Em silêncio, amor Em tristeza e fim Eu te sinto, em flor Eu te sofro, em mim Eu te lembro, assim Partir é morrer Como amar É ganhar E perder Tu vieste em flor Eu te desfolhei Tu te deste em amor Eu nada te dei Em teu corpo, amor Eu adormeci Morri nele E ao morrer Renasci E depois do amor E depois de nós O dizer adeus O ficarmos sós Teu lugar a mais Tua ausência em mim Tua paz Que perdi Minha dor Que aprendi De novo vieste em flor Te desfolhei E depois do amor E depois de nós O adeus O ficarmos sós 25 DE ABRIL DE 1974 Cena 5: Oh20m/Lisboa Os trabalhadores começam a atacar os postos e locais onde encontram a PID dando início à Revolução e tocam a música Grândola Vila Morena! Grândola, vila morena Terra da fraternidade O povo é quem mais ordena Dentro de ti, ó cidade Dentro de ti, ó cidade O povo é quem mais ordena Terra da fraternidade Grândola, vila morena Em cada esquina, um amigo Em cada rosto, igualdade Grândola, vila morena Terra da fraternidade Terra da fraternidade Grândola, vila morena Em cada rosto, igualdade O povo é quem mais ordena À sombra duma azinheira Que já não sabia a idade Jurei ter por companheira Grândola, a tua vontade Grândola a tua vontade Jurei ter por companheira À sombra duma azinheira Que já não sabia a idade Cena 6: Governo/Interior MARCELO: Mas que merda vem a ser esta? António arromba a porta! ANTÓNIO: É o teu fim Marcelo! MARCELO: Isso é o que veremos! ANTÓNIO: Vais fazer o quê? Não há escapatória possível! GANCHO

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